quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A colonia japonesa em Santos


Esta nova matéria é dedicada ao meu grande amigo Yoiti Suzuki de Santa Cruz do Rio Pardo. Nascemos no mesmo mês e ano, julho de 1949. Filho dos imigrantes japonêses Michiyoshi Suzuki (senhor Henrique Suzuki) e Yuriko Tanno Suzuki, Yoiti é um grande exemplo para todos.
Pessoa de grandes valores éticos, culturais,  religiosos, de cidadania e amizade, desenvolveu um maravilhoso trabalho com orquídeas no Orquidário Santa Cruz em Santa Cruz do Rio Pardo. É casado com minha prima Adriana e têm um maravilhoso filho Luiz Henrique.
A produção de estufas pela família Suzuki começou a partir do projeto do fundador da empresa, Michiyoshi Suzuki, em usar a plasticultura para produção de orquídeas. “Ele foi ao Japão e trouxe várias ideias para fazer um orquidário”. 
Yoiti foi quem desenvolveu e continuou o projeto inicial do seu pai. E continua a produzir flores maravilhosas.
O Orquidário Santa Cruz iniciou sua atividade com o Sr. Michiyoshi Suzuki no ano de 1950 como orquidófilo, e a partir do ano 1962 começou a desenvolver um trabalho de melhoria genética com as Cattleyas híbridas até o número 1.100, a partir deste número seu filho Yoiti deu continuidade a este trabalho sob orientação de seu pai.
“Hoje nossa capacidade de produção é de 3.000.000 de mudas diversas no laboratório”.
“A nossa especialidade é a melhoria de Cattleyas híbridas, Phalaenopsis, Vandas, Dendrobiuns todas matrizes próprias e de diversas procedências”.
Yoiti Suzuki

Orquidário Santa Cruz
Endereço:
Chácara São José - Rodovia Ipaussu/Bauru, Km. 16
Complemento:
Rodovia SP 225 Ipaussu – Bauru Km. 16
Cidade:
Santa Cruz do Rio Pardo – SP.
Telefones:
(14) 3372-2943 /  3372-4439
Fax:
(14) 3372-1049

Os 105 anos da colônia japonesa
Neste ano de 2013, no dia 18 de Junho comemora-se os 105 anos da imigração japonesa no Brasil.
Os primeiros imigrantes japoneses chegaram no Kasato Maru, que aportou em Santos em 18/06/1908.
Foto: revista Estrela Azul, publicada por funcionários do porto por volta de 1930.

Encontrei um texto com fotos tão bem escrito e preparado no Novo Milênio (http://www.novomilenio.inf.br/santos), que estou transcrevendo na integra, com apenas algumas atualizações de datas:
Beth Capelache de Carvalho (texto). Walter Albuquerque de Melo, e arquivo e fotos.
 “Os imigrantes japoneses começaram a chegar ao Brasil logo após a guerra russo-japonesa. Em 1895 foi assinado, em Paris, o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre os dois países, e, em 1897, uma das empresas de emigração japonesas chegou a obter um contrato para envio de dois mil trabalhadores. Mas uma crise no setor cafeeiro impediu a concretização dessa viagem.”
“A primeira grande leva de imigrantes chegou ao Porto de Santos no dia 18 de junho de 1908, a bordo do vapor Kasato Maru (consignado à Agência Marítima Wilson Sons), que atracou exatamente às 9,30 horas. Era o resultado de um tratado entre a Companhia Imperial de Emigração, fundada por Ryu Mizuno, e o Governo do Estado de São Paulo”.
“No Kasato Maru vieram 165 famílias, num total de 781 pessoas, cumprindo-se a exigência de um mínimo de três pessoas maiores de 12 anos e em condições de trabalhar, em cada uma das famílias. Todos tinham a obrigação de cumprir um ano de contrato de trabalho nas lavouras, em fazendas de café do Interior, e tencionavam juntar algum dinheiro, durante esse período, para voltar à sua terra”.
“Entretanto, no primeiro ano a colheita foi ruim para os japoneses e o trabalho de três pessoas não alcançou a diária de um trabalhador de fazenda. Mesmo assim, a 28 de junho de 1910 chegaram a Santos mais 247 famílias japonesas, no navio Ryokun Maru, num total de 906 pessoas, encaminhadas para a lavoura de café da região da Alta Mogiana. Entre 1912 e 1914, foi registrada a entrada de mais oito navios trazendo imigrantes japoneses, num total de 13.289 pessoas”.
“Esses pioneiros são homenageados todos os anos, na data da atracação do Kasato Maru  (considerada o Dia do Imigrante), pela colônia japonesa no Brasil, que atualmente atinge mais de 800 mil pessoas, entre japoneses e descendentes”.
“Eles vinham para "enricar". Chegavam assustados, com suas sandálias do tipo havaiano ou já em roupas ocidentais, para facilitar a adaptação, mas eram todos muito simples. A maioria, procedente da Ilha de Okinawa, ao Sul do Japão, que pode ser comparada ao Nordeste brasileiro, em relação ao contraste econômico. Mas não pensavam em ficar. A meta de cada imigrante japonês era juntar dinheiro rapidamente e voltar para seu país, assim que conseguisse realizar esse sonho”.
“Não se interessavam, portanto, em adquirir terras. Geralmente eram empregados como "formadores de cafezais", isto é: mediante contrato com o dono da terra, a família japonesa se dispunha a constituir a lavoura, e dela cuidar até que entrasse em produção satisfatória. Enquanto isso eram suas as culturas intercaladas de feijão, batata, milho e algodão. A remuneração era de 2 mil réis por dia para cada mil pés de café tratados, acrescida de um pagamento proporcional à quantia de café colhida”.
“Para cumprir o contrato de imigração, as famílias - muitas formadas artificialmente - deveriam ter de três a dez pessoas, maiores de 12 anos e em condições de trabalhar. Solteiros, só os que tivessem profissão definida, como pedreiro, carpinteiro ou ferreiro”.
“Mas nem sempre era possível juntar algum dinheiro dessa maneira, por isso muitos japoneses apressavam-se em ver-se livres do contrato obrigatório de um ano, para trabalhar na construção de estradas de ferro ou em outros serviços braçais. Quando possível, arrendavam terras a baixo custo, para plantar seus próprios cafezais. Alguns optaram pelo arroz, cultura que já conheciam no Japão e que possibilitava bons lucros, devido à escassez durante a Primeira Guerra Mundial”.
“E foi principalmente o cultivo do arroz - mas também o da banana - que fixou os primeiros japoneses no litoral paulista, nos anos 1910/20. Para dedicar-se a essas atividades, muitos deixaram os empregos na Estrada de Ferro Santos-Jundiaí e na Companhia Docas de Santos (em 1918, havia na Docas turmas constituídas exclusivamente por japoneses)”.
“Nandeska? - Como é mesmo? Foi esta a pergunta mais repetida pelos primeiros japoneses, pois as dificuldades de comunicação representavam, sem dúvida, o maior obstáculo enfrentado pelos imigrantes. Era difícil trabalhar chamando a enxada dekuwa, a foice de kama e a pá de shaberu. Mas ainda mais difícil era comprar mantimentos, pedir qualquer espécie de socorro e não ser enganado nos negócios”.
“Apesar de todas essas dificuldades, apesar do calor e da malária que assolava a região, os japoneses foram ficando, as famílias foram crescendo. Compraram as terras arrendadas, estenderam as suas plantações, levaram escolas para seus filhos e acabaram fincando raízes, como o arroz, a batata, o algodão. E nunca mais se desfez a corrente de interesses solidários entre os dois países, composta, fundamentalmente, pelas coisas da agricultura”.
“Hoje, os japoneses remanescentes das várias levas de imigrantes (isseis), e seus descendentes (nisseis, da segunda geração; sanseis, da terceira; e yonseis, da quarta), fazem muito mais do que transformar matas virgens em terras produtivas, ou ir para a roça com um machado nas costas e o coração cheio de sonhos. Eles são responsáveis por gerações de agricultores com lugar definitivamente marcado na economia do País, mas também por uma novíssima geração de engenheiros, médicos, matemáticos, técnicos, intelectuais e até políticos”.
“Coisa de japonês - Mas a tradição agrícola persiste. Por todo o litoral de São Paulo, quem prova uma enorme goiaba, uma tangerina poncã das mais doces, ou compra uma rosa meio diferente, logo conclui que "isso é coisa de japonês". Pode até acrescentar que as flores e as frutas perderam o seu cheiro original, ou que a goiaba não tem mais o mesmo sabor, mas não pode deixar de admirar esses estrangeiros que vieram do outro lado do mundo para monopolizar o setor de abastecimento com seus legumes, verduras, frutas e cereais”.
“Em Santos, os japoneses espalharam suas chácaras pela Ponta da Praia, Marapé, Saboó, Campo Grande e até mesmo o Morro da Nova Cintra. Até a Segunda Guerra, a Cidade era abastecida exclusivamente por produtos cultivados nessas plantações. Na década de 60 ainda havia algumas delas na área do Conjunto Habitacional Castelo Branco, na Avenida dos Bancários e na Rua Epitácio Pessoa (onde agora funciona o INAMPS)”.
“As novas gerações de ascendência japonesa desenvolvem intensa atividade na sociedade santista. Em virtude das bases agrícolas firmadas pelos pioneiros, seus sucessores podem desenvolver a agricultura em nível empresarial. Aumenta progressivamente o número de sanseis e yonseis de nível universitário, de tal forma que entre os estudantes o japonês tem fama de inteligente, e é obrigatória a sua fotografia nos anúncios publicitários de cursinhos vestibulares. A educação dos jovens é ponto de honra das famílias”.
“A abolição da escravatura no Brasil em 1888 dá novo impulso à vinda de imigrantes europeus, cujo início se deu com os alemães em 1824. Em 1895 é assinado o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre o Brasil e o Japão. Um ano antes, o deputado japonês Tadashi Nemoto estivera no Brasil e recomendou o envio de japoneses ao Brasil, fato que atendia a uma necessidade do Japão que passava por dificuldades econômicas. Inicia-se uma campanha para encorajar os japoneses a imigrarem. O Peru recebeu os imigrantes antes, mas por falta de infraestrutura, muitos deles fugiram para o Brasil”.
“O governo do estado de São Paulo deu apoio á vinda dos japoneses, e em 1906, Ryu Mizuno, da Companhia Imperial de Imigração chegou para inspecionar regiões agrícolas, acompanhado de Teijiro Suzuki”.
“Mizuno retorna ao Brasil no ano seguinte e assina acordo com o governo do estado de São Paulo, para a introdução de 3 mil imigrantes nos próximos três anos”.
“Cinco intérpretes que vão acompanhar os trabalhadores do primeiro navio de imigrantes japoneses a aportar no Brasil chegam em Santos”.
“Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De lá eles são transportados para a hospedaria dos imigrantes, em São Paulo, onde são divididos em seis grupos. A imigração na cafeicultura começa com péssimos resultados. Um ano depois, dos 781 imigrantes, apenas 191 permanecem nos locais de trabalho. A maioria estava em São Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigração continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910”.
A presença da colônia hoje exerce influência cultural, econômica, política e também filosófico-religiosa. Em Santos, há três importantes núcleos religiosos de origem japonesa: o Budismo, a Igreja Messiânica e a Filosofia Seicho-No-Iê. Temos incontáveis empresas cujos proprietários são japoneses ou descendentes, e muitos bons restaurantes especializados em comida típica do Japão.
A Associação Japonesa de Santos

Segundo informações obtidas nos catálogos do Museu da Imigração, historicamente ao formar agrupamentos de famílias em determinados locais, uma das primeiras preocupações dos imigrantes era criar uma Associação, a fim de desenvolver trabalhos de caráter social e, também, de construir escolas da língua japonesa, objetivando dar suporte na formação cultural das crianças.
Dessa maneira surgiu a Sociedade Japonesa de Santos, tendo como objetivo principal ensinar a língua japonesa aos filhos de seus associados. Naquela época, 245 famílias (940 pessoas) atuavam na horticultura, 65 famílias (245 pessoas) envolvidas nas atividades de pesca, 49 famílias (222 pessoas) artesãos especializados em carpintaria, marcenaria e tinturaria e 37 famílias (193 pessoas) no ramo do comércio.
Em razão do esforço dos japoneses radicados em Santos, foi adquirido o imóvel da Escola Japonesa em 31 de dezembro de 1928, de acordo com a transcrição de nº 35633, do 1º Cartório de Registro de Imóveis de Santos, tendo recebido importante cooperação técnica do Japão através de envio dos professores Yanaguizawa e Anbe, que vieram para ensinar a língua japonesa, bem como, difundir a cultura daquele País entre os descendentes.
Em 14 de junho de 1939 foi oficialmente fundada a Sociedade Japonesa de Santos localizada na Rua Paraná, no número 129, tendo como seu primeiro presidente o Sr. Fumito Myoshi e o Sr. Manhiti Doi como vice-presidente.

A artista plástica Tomie Ohtake, 94 anos, chegou por volta das 10h30 no sábado, dia 21 de junho de 2008 ao Emissário Submarino, na Praia José Menino, onde foi inaugurada sua escultura em homenagem ao centenário da imigração japonesa, que contou com a presença do príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, que deve chegou ao local por volta das 11h20. A escultura, que tem 15 metros de altura e pesa 100 toneladas, é feita de aço e fica em cima do pier do Emissário Submarino.
Dentro das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa, completado   quarta-feira, 18 de junho de 2008, o príncipe Nahurito mais uma vez quebrou o protocolo em sua visita a Santos. Nahurito foi recebido com festa por cerca de 100 convidados que acompanharam a inauguração da nova sede da Associação Japonesa de Santos. O prédio abrigou a antiga escola da colônia e foi restaurado este ano com verbas doadas pelo governo japonês. A festa foi marcada pela apresentação de um grupo de crianças flautistas que tocou o hino do Japão. O príncipe japonês cumprimentou e acenou para os moradores do bairro que aguardavam sua chegada e cumprimentou várias pessoas que compareceram à solenidade à qual chegou com sete minutos de atraso.
Na sequência, Nahurito e sua comitiva foram escoltados pelas polícias Militar e Federal até o emissário submarino, na praia do José Menino, onde foi recebido pelo então prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB) e diversas autoridades. No local, foi inaugurada uma escultura em aço com 15 metros de altura criada pela artista Tomie Ohtake. Presente à solenidade, a artista de 94 anos conversou diversas vezes com o príncipe, que segundo ela elogiou a escultura e lhe desejou saúde.
Estrela de Ouro F.C.
Endereço: Avenida Rei Alberto I, 372 Santos/SP - Brasil  Tel. (13) 3261-2179
Formado pela comunidade japonesa e bastante procurado por não sócios, interessados em refeições nipônicas e/ou com frutos do mar, o Estrela de Ouro é um clube tradicional do bairro da Ponta da Praia.

Uma parcela ínfima dessa plêiade de indomáveis, seguindo o impulso das tradições de sua terra e de seu habitat, não resistiu e, depois de um estágio na agricultura, fixou-se em Santos, mais precisamente na Ponta da Praia, para exercer o que fazia no país do Sol Nascente: a pesca.
Coincidindo com o aumento decisivo dos imigrantes japoneses nos anos de 1930 a 1940, essa comunidade foi crescendo, formando vários pequenos núcleos na bucólica e aprazível Ponta da Praia. Naquele tempo havia apenas a praia, sem asfalto, sem prédios, sem avenidas litorâneas. Eram ligados ao cais com a linha férrea Forte Augusto. A única rua existente era a Avenida Rei Alberto I, que já fazia a ligação da cidade de Santos com o Guarujá, através da balsa. Ir ao Macuco, nem sonhando. Tínhamos que atravessar uma pequena floresta. Poucas casas, muita banana e até mexerica havia no sítio dos Maringheli. Havia, também, muitos manguezais.
Hoje, os descendentes e alguns remanescentes de imigrantes congregam-se com os gaijins no Estrela de Ouro F.C., numa verdadeira integração contributiva para a nossa nacionalidade brasileira. Tem a sua participação nos eventos da cidade, contribuindo sobremaneira, fazendo parte do calendário turístico. Sua atividade, visando o associativismo da comunidade nipo-brasileira, tem sempre a finalidade de contribuir para o sadio esporte, para a transmissão de alguns fatores positivos da cultura japonesa, além de atender, também, a uma grande parcela de assistência social.

A visita de uma esquadra de navios japoneses a Santos, em 1921, foi motivo para mais esta vista, obtida desde a Ponta da Praia:

Imagem enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio, de Santos/SP





A visita das belonaves japonesas, em 1921, rendeu outro cartão postal:
Imagem: cartão postal produzido pela empresa santista M. Pontes & Cia. para a Union Postale Universelle, e negociado no site de leilões EBay, em 2 de Abril de 2010.



Uma típica moradia de pescadores naquele então futuro bairro, em cartão postal circulado por volta de 1905:

Imagem enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio, de Santos/SP
Outro cartão postal divulgado em fins da primeira década do século XX, com foto de José Marques Pereira, mostrando um ponto de referência dos santistas da época, a Venda do Carvalho:

Imagem enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio, de Santos/SP.




A Fortaleza da Barra e a entrada do canal de acesso ao porto santista, vistos da Ponta da Praia, onde catraeiros transportam pessoas para a Ilha de Santo Amaro, em foto-postal de M. Pontes & Comp. para a então importante loja santista Bazar de Paris:






Imagem enviada a Novo Milênio por Ary O.Célio, de Santos/SP
Um navio passa pelo estreito acesso ao porto, entre a Fortaleza da Barra Grande e a Ponta da Praia, observado pelos turistas, em foto-postal de José Marques Pereira, feita nos primeiros anos do século XX:






Na orla da Praia havia mansões muito bonitas e, entre elas, uma na esquina da Rua Alexandre Herculano que tinha um jardim imenso, bem cuidado e cheio de aves: garças; flamingos; martim-pescador etc. Aos domingos, as pessoas iam ver as aves através do muro de pedra. Não havia, ainda, os belos jardins da praia.

Passeio na praia, década de 1940

Foto: acervo de Alzira dos Santos Oliveira



A culinária japonesa é hoje muito apreciada por quase todos brasileiros.

Os pratos preferidos são:

Sushi (em japonês: 寿司, ou ) é um prato da culinária japonesa que possui origem numa antiga técnica de conservação d
a carne de peixe em arroz avinagrado. O sushi, na forma em que é conhecido atualmente, tem cerca de 200 anos; inicialmente, era vendido em barracas, como comida de rua, numa espécie de fast food.

O sushi, tradicionalmente, é feito com arroz temperado com molho de vinagre, açúcar e sal, combinado com algum tipo de peixe ou fruto do mar, vegetais, frutas ou ovo. A tradição japonesa é de servi-lo acompanhado de wasabi (pasta de raiz forte).
Existem muitos tipos de sushi:
Makizushi (sushi enrolado). 巻き寿司. Um pedaço cilíndrico, formado com a ajuda de uma esteira enrolável de bambu, chamada  makisu ou sudare. O makizushi é geralmente embrulhado em nori, uma folha de alga marinha desidratada que abriga o arroz e o recheio.
Futomaki (rolinhos grandes). 太巻き. Cilíndrico e grande, é um dos mais populares sushis.Possui como recheio variada combinação de peixes, folhas e raízes. Tendo tradicionalmente recheios ímpares, é um dos mais apreciados em festivais e datas comemorativas.





Hossomaki (rolinhos finos). 細巻き. Um pedaço cilíndrico fino, com o  nori  na parte externa. O hosomaki típico tem por volta de dois centímetros de espessura e dois centímetros de largura. Eles são geralmente feitos com apenas um recheio, simplesmente porque não há espaço suficiente para mais de um.
Kappamaki. Hosomaki recheado apenas com pepino em tiras é um dos mais tradicionais sushis. Foi batizado dessa forma em homenagem ao Kappa, figura folclórica japonesa, que tinha o pepino como seu alimento preferido.
Tekkamaki. Tendo, como recheio, o atum ou salmão, é uma das variantes mais conhecidas de hosomaki.
Temaki (rolinhos de mão). 手巻き. Um pedaço grande em formato de cone, com o nori na parte externa e os ingredientes até à boca da extremidade larga. Um temaki típico tem por volta de dez centímetros de comprimento, e é comido com as mãos, já que é muito estranho pegá-lo com palitinhos.
Uramaki (enrolado ao contrário). 裏巻き. Um pedaço cilíndrico médio, com dois ou mais recheios. Uramaki se diferencia dos outros maki porque o arroz está na parte externa e o nori na interna. O recheio fica no centro, rodeada por uma camada de nori, então vêm uma camada de arroz e uma cobertura de outro ingrediente como ovas de peixe ou sementes de gergelim torradas. Outra interpretação, no entanto, diz que este conceito é originário do Brasil. No Japão, "rolo invertido" seria, na verdade, gyakumaki.
Oshizushi (sushi prensado). 押し寿司. Um pedaço em forma de bloco usando um molde de madeira, chamado oshibako. O chef alinha o fundo do oshibako com a cobertura, cobre-o com arroz de sushi e pressiona a tampa do molde para baixo para criar um bloco compacto e retilíneo. O bloco é removido do molde e cortado em pedaços que cabem na boca.
Nigirizushi (sushi feito à mão). 握り寿司. Pequenos pedaços ligeiramente similares ao sushi prensado ou sushi enrolado, mas feito sem a utilização de makisu ou oshibako. Montar um nigirizushi é surpreendentemente difícil de fazer da forma correta. A forma mais simples é um pequeno bloco de arroz de sushi com uma lasca de wasabi e uma camada fina de uma cobertura colocada sobre ele, possivelmente amarrada com uma tira fina de nori.
Gunkanzushi (sushi "navio de guerra"). 軍艦寿司. Também conhecido como gunkanmaki, é um sushi pequeno, ovalado, similar em tamanho e aparência ao hosomaki. Um punhado de arroz é embrulhado à mão em uma tira de nori, mas, ao invés de o recheio, ficar no centro, tem alguns ingredientes — como ovas de peixe — empilhados no topo.


Inarizushi (sushi recheado). 稲荷寿司. Um pequeno pacote ou bolsinha cheia de arroz de sushi e outros ingredientes. O pacote é confeccionado de tofu bem frito (油揚げ ou abura age), uma omelete fina (帛紗寿司 ou fukusazushi), ou folhas de repolho (干瓢 ou kanpyo).
Chirashizushi (sushi espalhado). 散らし寿司. Uma tigela de arroz de sushi com outros ingredientes misturados. Também conhecido como barazushi. ばら寿司.




Edomae chirashizushi (sushi espalhado no estilo Edo). Ingredientes crus arranjados de forma artística em cima do arroz na tigela.





Gomokuzushi (sushi no estilo cansai). 五目寿司. Ingredientes cozidos ou crus misturados no meio do arroz na tigela.






Narezushi (なれ鮨) é uma forma mais antiga de sushi. Um peixe é recheado com sal após seus órgãos e escamas serem removidos. Estes peixes são colocados em um barril de madeira mergulhados em sal e comprimidos com um tsukemonoishi pesado ou uma pedra específica. Eles são fermentados por entre dez dias e um mês. Então esses peixes são colocados na água por entre 15 minutos e uma hora. Os peixes são então colocados em outro barril, encaixados e colocados em camadas com arroz cozido no vapor e peixe resfriados. Então eles são novamente selados de forma parcial com otosibuta e uma pedra específica. Conforme os dias passarem, a água fermentada deve ser retirada. Seis meses depois, esses funazushi podem ser comidos, podendo também durar mais de seis meses.
Sashimi (em japonês: 刺身) é uma iguaria da culinária japonesa  que consiste de peixes e frutos do mar muito frescos, fatiados em pequenos pedaços e servidos apenas como algum tipo de molho no qual ele pode ser mergulhado(geralmente shoyu, pasta de wasabi, condimentos como gengibre fresco ralado ou ponzu) e guarnições simples como shiso e raiz de daikon fatiada.
As dimensões variam de acordo com a espécie de peixe utilizado e o chef, porém costumam ter em torno de 2,5 cm de largura e 4 cm de comprimento, com 0,5 cm de espessura.









Tirashi
Fatias de peixe cru espalhadas sobre o arroz, assim é uma das receitas mais rápidas e saborosas da culinária japonesa.

ATUM TOSTADO (Atum grelhado com gergelim, salada, camarão e macarrão frito, Gohan.




Porque nem só de pratos frios e frescos é feita a culinária japonesa: Sushi Quentesashimi de robalo no vapor, cogumelo shiitake cozido e temperado, camarão e enguias cobertos com molho tarê e lâminas de ovos fritos fatiadas dispostos sobre shari (arroz com vinagre).
Missoshiro
Carne com missô
O missô é um ingrediente tradicional da culinária japonesa feito a partir da fermentação de arroz, cevada e soja. O resultado é uma pasta usada principalmente para fazer a sopa de missô ou missoshiro.






Lamen
De origem chinesa, prato foi integrado à culinária japonesa e, hoje, conta com variações por todo o arquipélago
O lámen (em japonês, pronuncia-se “raamen”) é basicamente o macarrão servido com um caldo quente de sabor variado, acompanhado dos mais diversos ingredientes: legumes, carne de porco, algas, etc. De origem chinesa, esse prato foi integrado à culinária japonesa e, atualmente, conta com variações em regiões por todo o arquipélago.
Segundo documentos históricos, o primeiro japonês a experimentar o prato foi o famoso senhor feudal Mitsukuni Tokugawa, popularmente conhecido como Mito Koumon, em 1665, quando recepcionado pelo confucionista chinês Shu-Shunsui. Porém, o lámen não se difundiu no país nessa época, sendo um prato relativamente recente na história da gastronomia japonesa.
O Yakisoba é o prato preferido dos brasileiros. 






Teppanyaki





                                                  Gosan                                                                           
Em Santos existem muitos restaurantes especializados em culinária japonesa. Os melhores são:
Restaurantes do Estrela de Ouro F.C   Avenida Rei Alberto I, 372 Ponta da Praia. 
Nagasaki Ya
Avenida Washington Luís, 476 – Gonzaga





Gotissô
Avenida Saldanha da Gama, 159  Ponta da Praia

Gonzaga
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 44, Loja 109





A sede da Associação Japonesa de Santos recebeu seus membros, familiares e convidados para a tradicional confraternização de Ano Novo (shinnenkai). 
"Akemashite omedetou gozaimassu, kotoshi-mo yoroshiku onegai itashimassu". Traduzindo: "um Feliz Ano Novo e contamos mais uma vez com a sua colaboração e apoio neste ano".
Sergio Norifumi Doi - Presidente da Associação Japonesa de Santos.

Bonde que circulava no Japão é doado para Santos (SP)

 

Um bonde que circulava em Nagasaki no Japão em 1950 foi doado para o acrevo do Museu Vivo do Bonde em Santos. O anuncio foi feito durante a visita do prefeito da cidade japonesa, Tomihisa Taue a Santos em 30 de Agosto de 2012.

http://saopaulotremjeito.blogspot.com.br/2012/08/bonde-que-circulava-no-japao-e-doado.html

Santos lança página especial na Internet em japonês.

Para atrair público no Japão, clube lançou site, vídeos e postagens em redes sociais no idioma oriental.Depois de divulgar em seu site vídeos dos jogadores se apresentando em japonês, agora o Peixe lançou uma página especial em seu site de conteúdo no idioma do país-sede do Mundial de Clubes.

A página conta com a história do clube, apresentação de todo o elenco santista e um espaço reservado para o Rei Pelé.

Além do site, o clube também passou a postar mensagens em japonês nas redes sociais. 


As noivas que atravessaram o Atlântico
Casais e viúvas do Cotia Seinen comemoram as bodas de ouro e relembram um importante capítulo da história da imigração japonesa.
(Reportagem: Suzana Sakai e Yoko Fujino/NB)
Michiko Ashikawa
Santos, 23 de abril de 1959. Doze moças japonesas preparam-se para desembarcar em terras brasileiras. Em comum, elas sentem o cansaço de uma longa viagem, a expectativa de uma nova vida e uma alegria a ponto de explodir. Ainda a bordo do navio America-maru, olhos brilhantes e esperançosos procuram por jovens japoneses em meio à multidão.
O episódio acima retrata a chegada das primeiras noivas-imigrantes que vieram ao Brasil com o intuito de se casar com os solitários trabalhadores do empreendimento Cotia Seinen. O fato, que marcou um dos capítulos da história da imigração japonesa, completou bodas de ouro em abril deste ano. Pensando nisso, o NippoBrasil decidiu mergulhar no passado e contar um pouco mais sobre essas noivas que deixaram o arquipélago em busca de um sonho no Brasil.
Casamento combinado
Ao contrário do que muitos imaginam, essas primeiras noivas não atravessaram o Atlântico sem nem sequer conhecer os seus futuros maridos. A maioria delas havia combinado o casamento antes da partida dos imigrantes. “Como no início não havia um meio oficial de procura das pretendentes, os jovens casavam-se com pessoas que já conheciam antes de vir ao Brasil”, explica o presidente da associação dos Cotia Seinen, Shizuka Niidome.
Michiko Ashikawa foi uma dessas noivas. Ela e o marido eram do mesmo seinen-kai e combinaram o casamento por correspondência. “O meu marido já estava no Brasil e ouviu falar nesse assunto. Falávamos da possibilidade de eu emigrar como noiva-imigrante”, conta Michiko.
Junko Kino
Conhecer o futuro marido dava mais segurança às primeiras noivas-imigrantes. “Eu não me senti insegura durante a viagem ao Brasil, porque conhecia bem com quem ia me casar. O nosso patrão também esperava a minha chegada. Ele havia se esforçado muito para que eu e meu marido tivéssemos a nossa casa”, relembra Junko Kino, uma das primeiras noivas.
No final da década de 60, entretanto, muitas moças vieram para o Brasil com o intuito de se casar, mas sem conhecer seus pretendentes. Do total de quase 500 noivas-imigrantes dos Cotia Seinen, calcula-se que cerca de 200 delas só tenham conhecido os maridos ao chegar no País.
As primeiras noivas encorajaram as demais. “Em 1968, enviamos a senhora Michiko Ashikawa e mais uma noiva-imigrante para fazer palestras no Japão e buscar jovens que estivessem interessadas em casar e viver no Brasil”, diz Shizuka.
http://www.nippobrasil.com.br/especial/516.shtml
http://www.nippobrasil.com.br/
Superando expectativas
As 12 moças desembarcaram do America-maru com muitas expectativas. Surpreendentemente, a nova vida superou os anseios de algumas delas. “Estava preparada para viver à luz de lampião. Por isso, foi uma surpresa agradável chegar à nossa casa e encontrá-la iluminada com lâmpada”, comenta Junko.
Como os maridos já viviam no Brasil, as noivas sentiram um pouco menos as privações da nova terra. “Como o meu marido ainda não era independente, moramos primeiro com o nosso patrão em Santo Amaro. Éramos empregados diaristas, mas era como se fôssemos da família do patrão”, recorda Michiko.
Apesar dos anseios nem sempre atendidos, os 12 casamentos deram certo. As noivas que desembarcaram no Brasil construíram casamentos felizes e duradouros. Neste ano, elas completaram bodas de ouro.“Quase a metade delas comemoraram a data junto ao esposo”, afirmou Hirofumi Bando, organizador da festa anual do grupo de tripulantes do America-maru.

Muitos japoneses que aquí se estabeleceram casaram-se com brasileiros e brasileiras.Desta união, sairam filhos com rara beleza.




Fontes : além das já citadas